Em busca do olimpo

De volta ao "Um Transeunte", trago um texto produzido em 2016. Na época ainda acadêmico de jornalismo fiz esta resenha sobre os jogos Olímpicos no Brasil. Atualmente, estamos há cerca de um ano da próxima edição da competição, o curioso é que o debate não está ultrapassado, aliás, se faz atual...

O Brasil é o país do futebol? Sim. Mas não só do futebol. Este é um dos grandes legados, se não o maior, deixados pelos jogos Olímpicos Rio2016. Se a preocupação fora das arenas, ginásios, campos, canoas, era em “não decepcionar” o mundo, o país deu uma lição de organização.

“Espetáculos a parte”, “o Brasil sabe dar festas”, “Os melhores jogos”, estas foram algumas das manchetes mundiais pôs competição. Sinal de que fomo

s bem. Mais do que belezas naturais, como o calor das praias das areias de Copacabana, o visitante descobriu que o brasileiro é um grande anfitrião. O povo acolheu, torceu, vibrou, ensinou e conheceu. Acolheu nações jamais vistas, torceu pelo desconhecido, pelo mais fraco, vibrou com o melhor desempenho da história, ensinou que a vida deve ser regada a alegria e conheceu novos heróis, conheceu novos esportes.

O Brasil foi ouro! Ouro em superação. As medalhas frutos de projetos sociais, da disciplina do exército, das estruturas intrínsecas do “querer ir além”. Espirito nobre, dourado. Sentimento este que levou jovens pobres, desacreditados por confederações a chegarem lá. Levou estes a remarem, a correrem, a quebrarem rótulos, paradigmas e estigmas religiosos e sexuais.

O choro das mulheres, a glória de Isaquias, a “ressurreição” do vôlei masculino, a conquista inédita dos homens no campo, a prata nas argolas, o soco preciso no boxe, entre tantos outros momentos, deixaram saudades. Em meio a tantos feitos, ficou o gostinho de quero mais. Que venha Tóquio 2020, mas principalmente, que venham investimentos, na cultura e esporte, afinal, o Brasil deu seus primeiros passos em busca do olimpo.

Texto feito na disciplina de Jornalismo Esportivo, do curso de Jornalismo, da Universidade Franciscana de Santa Maria (UFN)- 2016.